Me olhava com seu olhar de fogo,
Me espreitava porque queria
Algo de mim, queria que eu,
Fizesse algo para ele.
Eu não cedi e ele passou a me perseguir,
Disse que me visitaria todos os dias até
Eu dar o que ele tinha vindo buscar.
Exalando seu cheiro de enxofre me fustigava
Sua voz martelava minha mente querendo entrar.
Mas resisti ao seus sórdidos encantos, lutei, chorei, rezei
E quase me dobrando permaneci na minha essência
Essa da qual sou feito, por isto que sou, da mesma forma
Que tudo quanto faço e por onde quer que eu vá...
Vou buscando e vou levando, chorando até, mas,
Não deixo de caminhar, não deixo de pensar e também
Não deixo de ser eu, apesar de tudo que sou, de tudo o que
faço,
Ainda sou eu! Ainda existe essência lá no fundo.
De tudo o que restou, de toda bondade ou angelicalidade
Que um dia existiu.