Beijo na pele,
Cicatriz de póros.
Velocidade intensa,
Árvores choronas
que balançam vidas.
Verbo, selo estridente
Peixe que nada a suspirar por ar.
O que acaba com a paixão é seco,
Mesmo que haja ósculo molhado.
Na vitrine o exposto tá dentro, e
O reflexo não é inverossímil.
A correnteza leva água e sal
Mesmo à ferida que ainda não fechou.
O que ganho, gasto com o uso
Para alegria de alma morta.
Memórias congeladas que guardo para depois
Volto e reencontro o mesmo beijo.
1 comment:
O mesmo beijo sempre como se fôsse o primeiro é bom...
Mas como se fôsse o de sempre é péssimo!
Sua construções tem uma leveza muito característica. Leio os seus poemas e depois leio os meus e me acho um estrondo agressivo e impertinente...rs
Seus poemas são feitos pra gente ler à beira-mar, deitado na rede, balançando ao saborear a brisa...pra poder deglutir o conteúdo fortíssimo que está impresso num cenário leve...suave...calmo
Sou tua fã!
Um master beijo
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