Vejo uma árvore de arame farpado
Em cada ponta vejo sangrando,
Estilhaços de almas penduradas,
Ceifadas ainda no auge da idade,
Com todos os sonhos a palpitar-lhes
no coração.
Com todos os desejos por realizar.
Elas suplicam liberdade, eu suplico paz.
Suas vozes se confundem em meio aos
Meus sentimentos, ambos indeléveis
À minha com ciência...
Sigo em frente e onde quer que eu queira
Chegar, elas me alcançarão e me farão
Ver o quanto precisam da minha mente,
Para despejar suas palavras nesta floresta
Ressequida, sem movimentos,
Cravada neste abismo
Retorcido que teimamos em chamar: vida.
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