Peguei minhas verdades e misturei-as
Com metáforas e paradoxos, triturei-os juntos
No liquidificador e, eis que nada sobrou, vi no que deu.
Uma tira de micro partículas, enxovalhadas
Pelas vozes que povoam minha mente.
Quente, sempre latente.
Essa noite eu não dormi, minha caixa pensante
Não desligava. Tive de forçá-la a relaxar.
Mas foi difícil convencê-la, tive de usar de
Artífices muito e ser muito esperto.
Com muito custo fizemos um acordo:
Eu fingia que nada sentia e ela que dormia.
Era quase impossível, pois à beira do abismo
Via plantada a inútil tentativa, porque eu achava
Quem mandava era eu e fingia não saber
Que ela não obedeceria, senão à sua própria...
Vontade.
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