Ouço uma voz!
É uma voz nem sempre de paz,
Tira a vida do calabouço
E à alma conforto traz
Às vezes ela clama,
Outras só reclama.
Dias sussurra,
Noutros murmura.
Mas sempre a ouço.
Ouço seu soluço quando chora,
Penso nessa boca a me dizer,
Tudo isso que escuto.
Às vezes me calo, finjo-me de mudo,
Mesmo assim ouço.
Porque ouço? Ouço, ouço, ouço...
Esse eco vindo de um esboço,
De vez em me sufoca,
Apertando meu pescoço.
Quem será este ou esta,
Que se faz ouvir dentro de mim?
A balbuciar esse som estranho e confuso,
Deixando-me em parafuso?
A voz diz: eu sou o mensageiro
E trago uma súplica da
Sua consciência que pede: liberta-me!
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