Thursday, November 08, 2007

Olhos famintos

Olho pela janela da minha alma,

E devoro tudo que os meus olhos alcançam.

Na volúpia por êxtase, inebriei-me de ti.

Nesse incontável desejo de tudo experimentar,

Absorvo cada cor, cada pele, cada essência

Para dentro de mim e tudo isso fica misturado.

Causando-me ânsia e desejo de mais e mais,

Mergulhar em cada partícula íntima e serenamente.

Sentir o pulsar de cada uma delas e assim,

Poder saciar essa vontade que aparenta mil vezes,

Maior que o próprio ser que a sente.

Nada tão esperado, mas, inconsciente em mim.

Uma criatura inacaba que busca sua outra parte.

Tempestades amorais

Tempestades amorais
De raios psicodélicos
Em armações de guarda-chuvas
Girando a grande revolução
Que nunca vem, que nunca chega.
Ventos do moinho fantasma de Dom Quixote
Espalham quimeras execridas por toda parte.
A acidez do limão não é relevante mas
Devaneios à parte: sonho algo diferente!
Em meus sonhos os dragões têm
Braços e mãos, e soltam fogo pelos olhos.
Duros de vencer, exercem seu poderio
Sobre os mortais enjaulados em seus sonhos
E buscando tomar-lhes o tempo que têm
Destrói-lhes a família, os sorrisos e a esperança.
E os heróis, poucos hão, que terão a coragem
Necessária para levantar,
Sejam suas armas ou suas bandeiras.

Wednesday, November 07, 2007

Linda menina

Você uma máquina de Clarices furiosas,

Reunidas e disparando tinta contra o papel,

Rebuscando as folhas opacas e finas,

Entrincheirando os inimigos verbais

Em seus quartéis-generais.

É bater continência ao nulo,

Bater com a cabeça no muro.

Sentir o entardecer chegar,

Degustar as soluções sociais,

Que nunca chegarão.

Ler você é ser um pouco Drácula,

É beber o sangue quente na veia a tilintar,

Sabendo que ali há puramente, vida!

A gratidão

A gratidão é o único tesouro dos humildes.
William Shakespeare

Nossas dúvidas

Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que,
com freqüência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.

William Shakespeare