Tuesday, September 26, 2006

Silêncio

Zumbido triste de dar dó, incontinência verbal
Que exacerbado de tanto barulho se recolhe no íntimo
E ali se cala para ouvir-se a si mesmo, o sussurro
Em forma de eco psicológico a gritar suas dores e queixumes
Espanta-se quem nunca parou para ouvir,
Assusta-se o mais recolhido dos monges, ao ouvir estes sinais
Da alma que dilacerada e macerada não agüenta mais.
O atroz sentimento de indiferença por si mesma..
Quando a resignação não ensimesma o ente calante
E a fúria guardada explode com toda força se fazendo notar.
E finda num estrondo de paz estonteante e orgásmico se
Misturando com o bem estar de ferida curada e agora notada
Que vai seguir seu caminho mais feliz.

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