Thursday, July 16, 2009

Guardei um doce para ti

Guardei um doce para ti, mas você não veio.
Na gula inserida neste inóspito ser, abocanhei-o.
E no abocanhar senti o prazer,
Que tenho de poder contemplá-la.
O doce, em Sua ausência tornou-se amargo,
Já o amargo adoçou-me as entranhas...
E o verbo rasgado cuspindo desvarios,
Da dor atenuada sobre a gravidez em mim gerada,
Que suspira por parir você prá mim.

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